sábado, 25 de outubro de 2008

SEI, O QUE NÃO SEI

Não sei se gosto de ser assim.
Igual a mim mesma.
Viver num mundo assim,
E fazer da história sempre a mesma,

Igual a tantas outras: vulgares.
Em que a história é a mesma
Só mudam os lugares: vulgares.

Não sei se gosto de ser assim.
Não sei se devo mudar a história.
Não sei se mudam os lugares: vulgares.
Sei, como sei, não sei,
Que não devo ser assim,
E que tudo tem que ser assim.
Nada pode mudar,
Mas nada deve assim continuar.

Na diferença surge sempre
O problema de nada ser igual!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

PARABÉNS MÃE!

Neste dia, quis
fazer-te mais feliz.
Quis que fosses o ponto de atracção,
E que todos te dessem atenção!
Espero que tenha sido um bom dia para ti. Eu fui feliz porque passei-o contigo, e porque te vi a sorrir, ainda que vagamente. É impossivel controlar o tempo! Mas se é impossivel, não pensemos nisso. Vamos sim, envelhecer juntas e rejuvenescer a cada dia o amor de mãe e de filha!
"Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça! Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!"

AMO-TE

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

VAZIO
_____________
Se há eco no vazio,
Então não há vazio.
Há ali algo que reflecte
O que a palavra reflecte.

Vem até mim a palavra incompleta
Desgasta-se o campo semântico.
De que me serve então pronunciá-la? Será,

Para eu perder o sentido desta?
Ou para eu completar esse eco?
À priori não conheço o seu sentido.

Então se há eco no vazio
Há a possibilidade de eu
Fazer uso da incompleta palavra
Completando-a à minha maneira.