terça-feira, 6 de outubro de 2009

Choro Bandido

No outro dia descobri esta versão do tema “Choro Bandido” do Chico Buarque, pelos Clã, e fiquei deliciada! Quando digo deliciada quero dizer mesmo muito deliciada ao ponto de ter que ouvir a música todos os dias.

Há tons, ou meios tons; melodias ou dissonâncias - o que lhe quisermos chamar, pouco importa - que mexem connosco de tal modo que, por momentos, nada mais queremos senão os 3 ou 4 minutos dessa canção.

A música já tem uns anos, mas quero partilha-la convosco. Prestem atenção ao poema cantado e deliciem-se também com tamanha doçura!

domingo, 6 de setembro de 2009

Música lindíssima, com uma letra fantástica e uma voz que encanta e não cansa.

Para quem quiser assistir, o Rodrigo Leão estará no Coliseu do Porto em Novembro.

“Ao vivo, temas novos como «Vida Tão Estranha» ou «Sleepless Heart» cruzam-se com momentos altos do seu reportório, como «A Casa», «Voltar» ou «Solitude», num desfiar de um mágico novelo de melodias que entrelaçam imagens no nosso imaginário. Em palco com Celina da Piedade, Ana Vieira, Viviena Toupikova, Marco Pereira, Bruno Silva, Luís Aires e Luís San Payo, Rodrigo Leão volta a convocar as melodias encantadas que lhe têm valido aplausos constantes em todo o mundo.”

Mais em: http://www.coliseudoporto.pt

Imperdível!

HPIM6327p

“O valor das coisas não está no tempo que duram,

mas na intensidade com que acontecem.

Por isso existem

momentos inesquecíveis,

coisas inexplicáveis

e pessoas incomparáveis.”

 

FERNANDO PESSOA

 

É através destas belas palavras de Pessoa que resumo estes meses que passaram. Vivi momentos bons e maus – e quando digo bons quero dizer que foram muito bons mesmo! – passei por sensações muito intensas, inexplicáveis e estive com pessoas – muitas pessoas – incomparáveis, muito especiais.

Sou feliz por viver deste modo mas vivo num tormento por saber que a felicidade é efémera. E hoje, das nuvens pressinto a nascente de um rio onde cairão lágrimas como chuva pelas mais altas montanhas. Quando tiver caído no mais profundo oceano, aguardarei os raios fortes de uma luz que me levará de volta para as nuvens que cobrem os céus, e brilharei mais do que nunca, por isso não temo. Caio, regresso e sinto-me imortal.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

AS BRUMAS DO FUTURO


Sim, foi assim que a minha mão
Surgiu de entre o silêncio obscuro
E com cuidado, guardou lugar
À flor da Primavera e a tudo

Manhã de Abril
E um gesto puro
Coincidiu com a multidão
Que tudo esperava e descobriu
Que a razão de um povo inteiro
Leva tempo a construir
Ficámos nós
Só a pensar
Se o gesto fora bem seguro

Ficámos nós
A hesitar
Por entre as brumas do futuro

A outra acção prudente
Que termo dava
À solidão da gente
Que desesperava
Na calada e fria noite
De uma terra inconsolável

Adormeci
Com a sensação
Que tínhamos mudado o mundo
Na madrugada
A multidão
Gritava os sonhos mais profundos

Mas além disso
Um outro breve início
Deixou palavras de ordem
Nos muros da cidade
Quebrando as leis do medo
Foi mostrando os caminhos
E a cada um a voz
Que a voz de cada era
A sua voz
A sua voz
Letra: Pedro Ayres Magalhães
Música: Madredeus

domingo, 19 de abril de 2009

AUSÊNCIA



No Sábado passado, no encontro dos Sementinhas, o tema foi a felicidade. Chegamos mesmo a comparar a vida a um comboio.
Nem de propósito, nestes últimos dias a minha vida tem sido bem agitada. Não digo que ando num comboio ultra rápido, o que acontece é que não estou sempre na mesma carruagem. A máquina carrega bastantes carruagens que já possuo e percorro. E a verdade é que após um dia a percorrer todas elas, é difícil de voltar ao início, pois o caminho já é longo.
Não é porque não quero voltar que não volto, mas sim porque tenho que responder a todos os chamamentos das pessoas que albergo. Isso implica, muitas vezes, abdicar da máquina que transporta tudo o resto, passar por carruagens onde não passo há muito tempo, rever rostos que amo, apertar nos braços os corpos que me fizeram sorrir, mas que naquele momento só me fazem chorar - que saudade, que angústia, que lamúria. Digam lá se a felicidade não passa por aqui?
É necessário passar pela dor, por muito que custe, e é necessário chorá-la. A saudade torna-nos mais fortes e resistentes. Aliás, não só a saudade, mas também todos os sentimentos e emoções que consideramos negativos e que nos fazem infelizes. Mas explico-vos a razão da existência dessa tristeza: ela existe para nos fazer temer e respeitar a felicidade. Assim, quando esta nos bate à porta vamos recebe-la de bom grado e vamos aproveitar ao máximo cada momento.
Agora, o difícil não é perceber esta resposta, mas sim perceber de onde podemos retirar a felicidade – ponham-se nos outros e olhem-se nos olhos. Como nos diz a Mafalda Veiga: “somos muito mais se nos olharmos tão fundo de frente”. (Sim, porque no comboio da minha vida não falta música e poesia).
Esta foi, portanto, a maneira mais simplificada que arranjei para vos explicar o porquê da minha ausência: andei a viajar por caminhos bem distantes dos que viajo agora. Mas fiz o diário de bordo da viagem. Por isso, neste momento, na frente deste comboio gigante, buzino a todos os outros e alerto os seus corações para a conclusão mais verdadeira que retirei da viagem: a felicidade começa em nós.

domingo, 22 de março de 2009

O PAI POÉTICO

Porque no dia 19 foi o dia de S.José, o dia do pai, e porque ontem foi o dia mundial da poesia, juntei o útil ao agradável, e decidi publicar um poema de Eduardo Rôlo que descreve o amor de pai e a felicidade de o ser de verdadeiramente.

A todos os pais, em especial ao meu pai. Sabes ser Pai sempre, sem te preocupares com o conceito, és assim, naturalmente, o pai que me ajudou a ser o que hoje sou e que me ensinou o que é o amor: não o conceito, mas de onde ele vem!






Feliz o pai que
é companheiro e amigo;
que está presente e faz família.
Que arranja tempo e ternura
para dar e para amar
o melhor que o mundo tem.
Que trabalha e vai à frente,
qual modelo de constância e de projecto.

Feliz o pai que desce à magia da criança;
que se encanta a ver o filho
despertar para a vida…
no jeito de se afirmar «nisto» ou «naquilo»;
que protege e solta o pássaro que habita nele.

Feliz o pai que preenche o olhar fixo
da filha-menina e lhe arranca
silêncios de coração, como a dizer:
«quando for grande,
é um amor assim que quero ter…!»



Eduardo Rêgo

sexta-feira, 20 de março de 2009

LOUSADA: A FORTALEZA ANSIADA


Ao toque adormecido do louvor,
Erguemos aos céus, numa melodia,
As vozes da terra no seu esplendor,
Que cantam a Origem com alegria.
Com olhos no futuro, está o furor
De lembrar Ontem o nosso dia,
O passado, de Hora e de Amanhã.

O Fado chama-nos à união
Na busca de um sublime coração.

És tu, no Vale do Sousa plantada,
Que incandesces com a tua rara beleza
Os olhos que tu fitas, terra amada.
Lágrimas te percorrem: são tristeza.
Saudade de quem por ti passou, Lousada.
Teu verde, fértil, traz-nos a certeza
De uma presente geração, com fulgor.
Cantares de júbilo te dêem valor.

Já a manhã se julga senhora
E já o é a tua nobre gente.

Cantemos tuas lágrimas de esperança,
Teu sorriso tímido no nevoeiro,
Ou o teu brilho que a montanha alcança;
Cantemos o sonho verdadeiro,
De em tudo pôr amor, como uma criança:
Tornar Lousada exemplo ao mundo inteiro!
No horizonte, no paraíso prostrada,
Se forma, a fortaleza ansiada.

segunda-feira, 2 de março de 2009

CONTINUAÇÃO D' O CONTO DO VELHO


no antigamente eu tinha o meu pai, eu tinha a minha mãe. Eu era moço e vivia.

A noite veio mais depressa. Lembro-me de acordar e de gritar pelo espaço, palavras dormentes, palavras de um sonâmbulo que mal atravessavam os vultos que me separavam dos meus pais.
Alguns dias passaram em que eu ainda não tinha acordado daquela noite. E quando acordei não havia a cozinha, nem a janela onde estava desenhada a casa. Não havia o campo verde, nem as flores. Não havia a laranjeira, nem havia a Constança.
Agora, diante dela fala a mesma saudade, o menino que foi e que é feliz (apenas) quando de noite se deita, para falar e para brincar com a sua melhor amiga, ainda que seja apenas em sonhos.
E ela espera-me na laranjeira, a Constança, enquanto eu não adormeço para, em sonhos, a rever.



Meus queridos leitores, apresento-vos o velho que em mim surgiu, estranhamente, e aqui escreveu, cuja misteriosa vida irá ser contada neste blog, mais adiante:


Fernando Almada Dias

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O DIA DO CONTO DO VELHO


Vá, então, queres que fale de quê hoje? Do antigamente?!
Ah minha filha, do que me fazes recordar…! Eu era moço e vivia, agora sou velho e vejo viver.
O antigamente era um lugar onde eu vivia bem. Tinha o meu pai que em alguns dias para mim sorria com os poucos dentes que lhe conhecia e tinha o berro fino e distante da minha mãe vindo da cozinha, a chamar por nós. Aquela refeição era dos poucos momentos em que nos reuníamos. Os meus pais… Recordo-me do sol intenso que raiava sobre as suas frontes suadas e enrugadas pelo cansaço. Ah, como me lembro… Eu corria pelo campo fora – procurava a minha querida amiga Constança. Chegava à laranjeira e lá estava ela a esperar por mim. Os seus cabelos eram ondas movidas pelo vento, os olhos grandes e negros pediam-me mais um dia de brincadeiras pelos verdes e pelas flores. Os meus pais, o sol intenso.
Naquele dia eu estava feliz: a Constança trouxera-me uma linda flor e eu pu-la no meu cabelo de menino. Ela riu-se de mim, deu-me as suas mãos já sujas pela terra, e encostou os seus lábios frescos sobre a minha face corada de vergonha. Despediu-se de mim, até ao outro dia, porque a criada a chamara. Os meus pais, as suas frontes suadas e enrugadas pelo cansaço.
Foi nesse dia que a noite veio mais cedo. Na cozinha a tosse do meu pai formava uma melodia juntamente com o cantar da coruja, lá fora. Eu olhava pela janela, a casa da Constança para lá do campo. Queria ver a minha amiga, brincar com ela, mas os seus pais chamavam-na sempre muito cedo, e não me queriam junto dela. Não percebia… Nos meus pensamentos de criança não percebia porquê. Eu não conhecia os seus pais, mas o meu pai dizia que era gente amiga: deram-nos a cozinha para viver e os campos onde eles passavam o dia, talvez a brincar pelos verdes e pelas flores, como eu e a Constança. Pensava…

(continua)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

A PROPÓSITO DO DIA 14...


Que hei-de eu fazer
Eu tão nova e desamparada,
Quando o amor
Me entra de repente
P´la porta da frente
E fica a porta escancarada?

Vou-te dizer
A luz começou em frestas,
Se fores a ver
Enquanto assim durares
Se fores amado e amares,
Dirás sempre palavras destas.

P´ra te ter,
P´ra que de mim não te zangues,
Eu vou-te dar
A pele, o meu cetim,
Coração carmesim,
As carnes e com elas sangues.

Às vezes o amor
No calendário, noutro mês, é dor,
É cego e surdo e mudo
E o dia tão diário disso tudo.

E se um dia a razão
Fria e negra do destino,
Deitar mão
À porta, à luz aberta
Que te deixe liberta
E do pássaro se ouça o trino.

Por te querer
Vou abrir em mim dois espaços,
P´ra te dar
Enredo ao folhetim,
A flor ao teu jardim,
As pernas e com elas braços.

Às vezes o amor
No calendário, noutro mês, é dor,
É cego e surdo e mudo
E o dia tão diário disso tudo.

Mas se tudo tem fim,
Porquê dar ao amor guarida?
Mesmo assim
Dá princípio ao começo,
Se morreres só te peço
Da morte volta sempre em vida!

Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor,
É cego e surdo e mudo.
E o dia tão diário disso tudo.
Da morte volta sempre em vida!

Sérgio Godinho, Ligação Directa

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

PARA LÁ DO SONHO SONHADO, A SALVAÇÃO

O Homem tem a necessidade de sonhar. É como que um prato gastronómico: podemos come-lo na sua simplicidade, mas se nele colocarmos especiarias, saber-nos-á melhor. Contudo, em demasia pode prejudicar-nos. Faço esta comparação (talvez desajustada) para provar que, realmente, a vida sem o sonho não tem “sabor”, não nos agrada. Daí o facto de muita gente perder a vontade de viver (de comer).

(Qualquer parecença entre esta história e a vida real, é pura coincidência)

Há muitos anos atrás, o sonho não era valorizado, as pessoas queriam apenas basear-se naquilo que era realmente credível, possível e seguro. Claro que eram loucos, todos os que pensavam o contrário. Quem coloca o sonho à superfície do seu olhar, toma as “rédeas” e se põe a caminho da noite e da cerração, só pode ser louco.


Era uma vez, um rei chamado Sebastião, que era “louco, sim, louco, porque quis grandeza / Qual a sorte não dá”. Esse rei apaixonou-se pela bela Pátria Lusitana, porém, inicialmente, era um amor não correspondido: a Pátria queixava-se da imaturidade do seu rei. Então, o Rei lutou por ela, para a tornar um grande império, invejável.
Numa das lutas em que participava, Sebastião desapareceu sem deixar rasto. Grande foi a tristeza da Pátria Lusitana ao saber desta perda. Já se sentia dependente do seu “louco rei” e do amor que lhe tinha. Tal era o amor que os unia, que ainda hoje, apesar de estar ligada a outros líderes, a Pátria ainda espera a vinda do seu amado Sebastião, para que este herói a possa tirar da infelicidade que tem vivido até aos dias de hoje. Todas as noites sonha com o aparecimento do rei, e durante o dia continua no seu sonho profundo.
A Pátria é infeliz até nos seus sonhos, porque a sua alma somos todos nós, seus filhos, e o que se tem constatado é que, os portugueses andam demasiado ocupados com coisas bem superficiais, coisas banais e não sabem viver. Não sonham, não têm espiritualidade. Só se sabem questionar: “Porquê?”. Os mitos estão em vias de extinção, então o povo deixou de ter o dom de compreender os mistérios da vida.


Em meados do séc. XX, um poeta, muito interessante, publicou uma ‘Mensagem’ – O espírito move a massa. Era Pessoa entre a multidão e sentiu a necessidade de alertar os portugueses do Fado que lhes tinha sido atribuído pelo divino: Portugal devia ser o Quinto Império, um Império Espiritual, o Império da Língua Portuguesa.
A verdade é que tudo isto só se concretizará quando nos conseguirmos unir num só. Num só corpo, numa só alma, com uma só voz, iremos viver em comunhão, com a força necessária para quebrar as barreiras do ódio. Iremos conquistar o desconhecido, como fizemos em tempos, em sonhos que tivemos, balançados pelas águas do alto mar que conquistamos.

“Cheio de Deus, não temo o que virá
Pois, venha o que vier, nunca será
Maior do que a minha alma”.
“Tudo vale a pena
Quando a alma não é pequena”.

Deste modo, unidos pela Pátria, em corpo e alma, movidos de esperança e de vontade iríamos:

“Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte -
Os beijos merecidos da verdade.”

(Versos de Fernando Pessoa)

Ana Lúcia Magalhães

ERA UMA VEZ UM LUGAR


Um dia, fugi. Fugi para tão longe e por tão vastos caminhos, que não sei explicar que sítio era, nem como lá voltar. Ao meu lado, a multidão, não era mais do que isso. Eu conseguia torna-las transparentes. Estranho era eu tentar pisar o chão e não conseguir. Loucura? No mínimo.
Corri, mas não tinha velocidade. Ri, mas não tinha voz. Queria sentir e pensar: mas os meus olhos não viam. Entre eles e o cérebro cresceram paredes pintadas de emoções que eu não tinha, e de razões que disso não passavam. Loucura? No mínimo.
Havia o silêncio, havia a paz que eu buscava. As horas cantavam o som das notas mudas que me cobriam; os minutos e os segundos dançavam aos pares. Belo era vê-los a sorrir, contentes por eu não os reconhecer. E cantavam e dançavam, cada vez mais ferozmente. E eu nada fiz: não compreendia. E assim sentia-me feliz. Loucura? No mínimo.
A dada altura choveram gotas de cansaço e roçaram em mim, como se fosse esse o seu destino. Eu estava sedenta, deixei-me molhar. Absorvi até à última gota.
Como era belo aquele lugar! Que plenitude, que silêncio, que frescura... Os olhos pesaram e as pálpebras deixaram-se colar. Essa cortina impediu-me de continuar ali… Eu nada fiz: não compreendia.
Então acordei e escrevi este texto. Contei: “Era uma vez um Lugar”.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

QUEDA


O pior pesadelo que posso ter,
É o de voar bem alto daqui,
Sem que para baixo possa ver.
Porque no momento em que acordar,
Tal vai ser a QUEDA
Que duvido que a consiga suportar,
Por estar tão longe da terra.

Voar, sim, mas não para lá
Do meu "pequeno universo".

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

CONTIGO, BEM POR DENTRO!


Estás no topo da colina e o verde esperança rodeia a tua morada. Sei que pelos lugares belos que viajas, por dentro, também nós lá estamos contigo, no teu coração.
Meu amigo, companheiro, meu irmão, conheces-me porque me olhaste nos olhos, por dentro. É assim que devemos olhar o outro e lá deixar amor, por dentro.
O mais belo não é bem o que já passou, mas sim, o que perdura. Passados anos, ainda olhas como criança que busca a novidade dia após dia, mesmo sabendo que "viajaste", por dentro.
Tenho orgulho de te ter como padrinho! Padrinhos são pais espirituais, não foi por acaso que te escolhi...
Vás para onde fores, independentemente da opção que tomaste e o tempo que estejamos sem nos ver, "traz-me notícias da tua fé"!
Ter-te-ei para sempre no meu coração, irei rezar por ti, para que Deus tome bem conta de ti e para que Ele te deixe chegar mais perto, e que o Seu amor em ti floresça, bem por dentro!



Quando a força é escassa
E estendemos a nossa mão,
É Deus que a segura
E eleva-nos do chão.
A Sua Palavra é de amor!
E amor faz sentido,
Quando é retribuido.

Tu és feliz.
Quando a força é escassa
Mesmo com a ajuda do Pai,
Vasculha bem nas gavetas
As soluções para os problemas.
Hás-de encontra-las.

Lembra-te: Lá estão guardados tesouros...

O segredo é AMAR!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

RECONHECIMENTO


Hoje renasça alguém capaz
De uma lágrima enxugar,
Num olhar a lacrimejar

Do amigo que no peito a dor traz.

O importante é que seja
O que eu não consigo ser.

Ao ser imperfeito juntava

Esta centelha, o que sou.
Assim já seriamos gente.

E que assim seja:
Coisa alguma;

Coisa nenhuma;
Não interessa!
A coisa nenhuma

É alguma coisa.

O que Tu me dizes meu Pai?
Dizes-me que já nasceu...
Até agora o que viveu?
Onde está? Para onde vai?

Está no rebuliço de gente,
Que segue sempre em frente,
De olhos baços e espírito fechado,
Como que num sonho dormente
Nunca antes sonhado?

Que me dizes meu Pai?
Está na invisibilidade do olhar,
Na mais profunda espiritualidade,
No reconhecimento do amar?
Mas amar o quê?
Amar a quem? (A ti)
Amar-me a mim?
Ah! Meu Pai,
Alguém já nasceu sim!
Também te amo…