quarta-feira, 12 de março de 2008

Morre lentamente de Pablo Neruda




Morre lentamente quem não viaja
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente,
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente,
Quem se transforma em escravo do hábito,
Repetindo todos os dias os mesmos trajectos,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor,
Ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente,
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções,
Justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
E os corações aos tropeços.

Morre lentamente,
Quem não vira a mesa quando está infeliz,
Com o seu trabalho, ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto,
Para ir atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Pelo menos uma vez na vida,
Fugir dos conselhos sensatos…


Então, não te deixes morrer!

Vive!

1 comentário:

Anónimo disse...

olaa :)
tive a ver aki os primeiros versos escritos... e este em especial me tocou!
E sem duvida algo que todos devemos saber, que é viver, e nao sobreviver!
e viver implika tudo isso,,,
nos magoarmos, ou arriskarmos por caminhos desconhecidos!
vai em frente Margarida Pimentel :P
tou adorar tudo akilo k escreves...
beijinhs
rosy